A cidade que começamos por odiar e acabamos a amar*…
Depois de um ano e meio a viver em Kuala Lumpur e, depois de ter passado por Seattle, Toulouse, Bruxelas, Lisboa, Portalegre, Montemor, Pavia e Benavila (vão ao Google), em Setembro de 2018, mudei-me para Jakarta. Conhecida por the big durian e localizada na ilha de Java, Indonésia, é uma cidade com quase tantos habitantes quanto Portugal (e se juntarmos a periferia, o número duplica). Tudo amontoado em ruas e ruelas que serpenteiam sem grande ordenamento ou lógica.
Tem um trânsito péssimo, com 13 milhões de veículos motorizados a deslocarem-se nas ruas diariamente, por isso, é sempre boa ideia ir ao wc antes de partir e ter um lanchinho no carro. Nunca se sabe se os 5 km que costumamos fazer em 30 minutos, num dia bom, se transformam em horas, num dia mau…
Os primeiros tempos por aqui não foram fáceis (como expliquei neste post – Viver em Jakarta: as primeiras impressões) e a adaptação a esta nova realidade, tão diferente, ainda está em progresso. O trânsito, a poluição (da água, do ar, visual e o ruído), a barreira da língua, as disparidades sociais e o caos generalizado são o que mais me choca desde a minha primeira visita à cidade.
Tal como a Malásia, a Indonésia, é um país de maioria muçulmana e as chamadas para rezar são uma constante a partir das 4h manhã. Os carrinhos de venda ambulante, artesanais e rudimentares, fazem parte da paisagem de qualquer rua. Tudo (TUDO!) está à distância de uma mota, graças a aplicações como o Gojek que permite fazer o pedido de entrega de bens e serviços em casa. E os táxis-mota também são a forma de deslocação mais eficiente dentro da cidade.
Tem o maior mercado de têxteis do mundo (alerta maluquinha dos tecidos), uma oferta cultural muito variada, cafés, restaurantes, centros comerciais e actividades em cada esquina. Jakarta, tem também a grande vantagem de estar a uma curta distância de sítios maravilhosos que ainda vou descobrir e que conto mostrar-vos aqui.
* é o que prometem, ainda não tive tempo para comprovar.