Quando em 2012 me mudei para Bruxelas, decidi começar a fazer um diário ilustrado.
O objectivo era manter um registo dos meus dias por lá, praticar o desenho e manter-me ocupada (há aqui um padrão). Como passava muito tempo tanto no aeroporto como enfiada em aviões no vai-vem Bruxelas-Lisboa-Bruxelas era normalmente nestes dois ambientes que aproveitava para desenhar.
De início até mantive um bom ritmo, mas depois, a pouco e pouco, os desenhos coloridos começaram a ser só esboços a lápis e estes depressa se tornaram em ideias rabiscadas, quase imperceptíveis…até que só restaram páginas brancas.
Há uns dias, enquanto arrumava uns livros, descobri o meu bloquinho cor de rosa, e vejam só estas pérolas que me fizeram esboçar um sorriso:
{ Quando recebi os meus óculos novos, uns dias antes de partir }
{ A minha lista de afazeres, o meu protector de orelhas presente do Mika& da Bri, um jantar divertidíssimo com a minha amiga Ana Margarida e as minhas dúvidas acerca do que levar na mala }
{ Quando recebi uma surpresa dos colegas de trabalho por e-mail (porque decidi trabalhar de casa no meu último dia para evitar as despedidas) e um dos últimos jantares com o Pedro antes de me ir embora }
{ O meu último fim de semana em Lisboa – cheio de eventos }
{ A minha viagem para Bruxelas e as primeiras visitas que fiz com o meu Brussels Gang }
{ A minha primeira semana muitíssimo ocupada no trabalho (lá fora a temperatura era de -15º) }
E as minhas duas páginas favoritas:
{ As conversas no Skype com o Pedro (em Lisboa), a minha mãe (em Portalegre) e o meu melhor amigo, Olívio (no Dubai) }
{ E aqui a primeira vez que o Pedro veio ter comigo a Bruxelas e fomos ver o Manneken Pis }
Ver estes desenhos fez-me relembrar muita coisa. Aqueles que me conhecem pessoalmente sabem que o ano que passei em Bruxelas, não foi fácil para mim. Apesar disso, o certo é que regressei com a alegria de ter feito novos e fantásticos amigos e uma mão cheia de boas recordações.
Esta é possivelmente a parte boa de deixar passar o tempo, a nossa memória tem a capacidade de só guardar as coisas positivas e aos poucos vamos adquirindo a estranha mas agradável capacidade de nos rirmos de tudo o resto.
ADORO!
Ficaste favorecido não foi? :)
Tirar o melhor partido das circunstâncias é uma capacidade que se desenvolve ao longo da vida!! Muitos esticam o pernil antes de conquistar esse estádio de desenvolvimento…
“Chegou e disse…” ;)
Great Rita! You have a talent to draw comic strips!
Oh Chantal, that comment coming from you is such a compliment :) Thank you!