Como vos disse no Facebook, ontem foi um dia atarefado aqui por casa. Desceu em mim a fadinha do lar e, depois de limpar e arrumar a casa toda, enfiei-me na cozinha e mergulhei nos tachos para fazer entre outras coisas, uns pastéis de nata.
Já tinha referido aqui, que sou profundamente crente que uma coisa é um pastel de nata e outra coisa é um pastel de Belém. Não havendo, com toda a certeza, pastéis de Belém em Toulouse nem, com quase toda a certeza, pastéis de nata, decidi que se queria matar saudades desta pequena bomba calórica, havia que por mãos à obra.
Procurei várias receitas, entre o meu Pantagruel, sites e até num livro de cozinha portuguesa francês que comprei cá. Nenhuma das opções era 100% do meu agrado porque ou levavam muitos ovos, ou muito açúcar, ou não levavam natas (?)…portanto, fiz aquilo que sempre faço nestas situações e que tem tudo para correr mal e, pegando em dicas de cada uma das fontes, inventei eu uma receita. Aquela que vou agora partilhar convosco.
Devo dizer que o resultado final não foi 100% fiél ao autêntico pastel de nata mas não tanto pela receita em si mas mais pelo facto de ter usado formas de silicone recortadas…era o que tinha.
Ainda assim, o aspecto não é muito diferente daquele a que estamos acostumados e estão muito saborosos. Tanto que, de doze, em menos de 24h, restam 6. Por isso, se quiserem, é avançar sem medo! Mas usem forminhas de metal redondas.
Ingredientes (para 12 unidades):
1 rolo de massa folhada (aqui fiz batota para simplificar)
4 gemas de ovo
100 gr de açúcar
200 ml de natas
50 ml de leite
1 colher de chá de farinha
Precisam também de forminhas redondas e um tabuleiro para as levarem ao forno.
Preparação
Comecem por cortar o rolo de massa folhada em 12 rodelas e forrem o interior das formas com cada uma delas.
Basta colocar a rodela no fundo da forma e ir rodando e espalhando com o polegar até cobrir a forma até cima (é mais fácil se tiverem as unhas curtas). Eu não o fiz, mas parece-me que ficará melhor se forrarem também a borda da forma.
Quando as 12 formas estiverem forradas coloquem-nas no tabuleiro e levem ao frigorífico enquanto preparam o recheio.
Liguem o forno a 250º para pré aquecer.
Coloquem todos os ingredientes num tacho antiaderente e, com uma vara de arames misturem bem até terem um preparado líquido, amarelado e homogéneo. Levem ao lume e vão mexendo sempre até que ganhe uma consistência espessa.
Depois, deixem arrefecer um bocadinho e despejem o preparado nas formas só até mais ou menos 2/3 (a minha experiência diz-me que não só o recheio sobe durante a cozedura, como a massa baixa um bocadinho).
Levem ao forno até estarem mais, ou menos tostadinhos por cima, conforme seja a vossa preferência.
Embora sejam óptimos acabados de fazer e ainda quentinhos, depois de retirarem do forno, esperem que arrefeçam um pouco antes de os tentarem desenformar (ou sequer pensarem em os comer). É que saem mesmo muito quentes!
E com isto, já só restam 5, que estar aqui a escrever sobre este assunto lembrou-me que eram horas de lanchar.