Duração: 2 dias
Destinos: Bordéus, Dune du Pilat – Arcachon e Lacanau
Deslocações: carro, tram e a pé
Alojamento: via booking
Mês: Março
Já há muitos meses que falávamos em ir a Bordéus, e até já tínhamos quase ido pelo menos duas vezes. Por um motivo ou outro, fomos adiando mas…este fim-de-semana, dissemos que íamos e finalmente fomos.
Saímos de Toulouse no Sábado de manhã e regressámos no Domingo à noite, por isso não foi uma estadia muito prolongada e ficaram coisas por ver. De qualquer forma, gostámos muito, especialmente porque apanhámos um tempo excelente e no futuro havemos de voltar. Até porque queremos muito visitar um dos chateaux produtores de vinho da região.
Desta vez, o nosso passeio incluiu Bordéus, Dune du Pilat e Lacanau.
Bordéus, fica a cerca de 2 horas de carro de Toulouse, já muito perto do Atlântico, na região designada de Aquitânia.
Tal como Toulouse, Bordéus é banhada pela Garonne e a rivalidade histórica entre as duas cidades, aliada a esse facto leva a que os toulousains façam a segunte piada: “Oh bordelais, oh bordelais, on pisse dans la Garonne, vous la buvez!” (Oh bordelense, oh bordelense, nós fazemos xixi na Garonne, vocês bebem-na!”)…isto pode explicar porque é que a Garonne tem um ar tão sujo…
Rivalidades e piadas à parte, o facto é que Bordéus é uma cidade muito gira, cheia de vida, riquíssima em termos arquitectónicos e com uma rede de de transportes óptima. As grandes obras feitas há uns anos atrás, trouxeram à cidade uma rede de tram que rapidamente nos leva a todo o lado. Além disso, é uma cidade super plana por isso, andar de bicicleta ou a pé é facílimo.
O nosso passeio a pé e de tram, levou-nos à Catedral, Câmara Municipal, passando pelo triangle d’Or, pelas portas de Cailhau e de Bourgogne, place de la Bourse e Ópera de Bourdeaux.



Para rentabilizarmos o nosso tempo, optámos por comprar umas sandes e almoçar sentados num banquinho de jardim em frente ao rio e com vista para a ponte Saint Pierre. Esta é uma zona frequentada por desportistas que se passeiam de bicicleta, patins, skate ou em passo de corrida. Assim como imensas outras pessoas que num dia de Sol, como o que apanhámos, querem é passear ao ar livre e junto ao rio.

Na Esplanade des Quinconces, conhecida pela coluna des Girondins, encontrámos uma feira cheia de carrosséis e divertimentos do género que, apesar de darem um ar animado à praça, não nos deixaram ver este sítio no seu esplendor mas que resultaram em fotos coloridas e improváveis.

Visitámos também a igreja de Notre Dame e, umas ruas mais acima, parámos para lanchar numa praceta, junto à igreja de Saint Pierre.
Apesar de ter algumas semelhanças com Toulouse, Bordéus é no geral uma cidade mais arejada. As ruas e as avenidas são mais largas e não se tem a sensação constante de estarmos rodeados de multidão. Excepção para a Rua de Sainte Catherine ( a mais longa rua pedonal da Europa) e onde toda a gente parece escolher passear numa tarde de Sábado de Sol. Como podem como podem confirmar nesta foto, é O caos.

Para terminar o dia, apanhámos o tram sempre ao longo do rio e saímos na última paragem, na ponte Jacques Chaban-Delmas (a maior ponte levadíça da Europa com elevador vertical, inaugurada há 1 ano atrás), para uma vista da skyline de Bordéus.

À noite, jantámos junto à Porte Cailhau num restaurante de produtos do mercado (uma moda aqui por estes lados, parecida com a das tascas finas novas a imitar velhas, em Portugal) e regressámos ao hotel mortos depois de um dia que começou cedo e em que andámos muitas horas a pé.
No dia seguinte, saímos cedo para escalar a Dune du Pilat também conhecida por Dune de Pyla (por muito mal que isto vos possa soar), a cerca de 60 km de Bordéus, na baía de Arcachon.
Eu tinha uma ideia do que ia ver, sabia que esta é a maior duna da Europa, que se move cerca de 5 metros por ano e que já “engoliu” estradas, uma floresta e um hotel. Mas, uma coisa é ler estes factos no Lonely Planet, outra coisa é ver a duna gigante ao vivo. E, tenho a dizer que excedeu todas as minhas expectativas. Trata-se “apenas” de uma duna com 3 km de comprimento, 500m de largura e 100m de altura…
É uma massa gigante de areia, que custa um bocadinho a subir mas, chegados lá acima, a vista é deslumbrante e ao mesmo tempo surreal. Como é possível que seja tão alta e tão vasta? E mais incrível, como é possível estarmos mesmo lá em cima?
Vale muito a pena a visita. Vejam este artigo do Daily Mail para uma ideia mais completa daquilo que vos falo.
Adorei este sítio. E, apesar de estar ali em cima deitada a apreciar a vista, ser uma coisa espectacular, descer a correr, pode parecer perigoso, mas foi a parte mais divertida. Bastou apanhar balanço e em menos de nada, já estava lá em baixo…cheia de areia dentro da roupa, mas divertidíssima.
Depois de um almoço que incluiu as típicas ostras, e de um passeio junto ao porto de Arcachon, seguimos viagem para Lacanau, onde chegámos já ao final do dia.
Aqui, a praia foi muito afectada pelas marés violentas que destruíram toda as estruturas de madeira que permitiam o acesso à areia.

Por isso, passeámos ao longo da marginal, vimos o pôr do Sol, jantámos rapidamente e voltámos a Toulouse, com uma corzinha nas bochechas e mais um check na nossa lista de sítios a visitar em França.
Mais informações sobre Bordéus aqui e sobre a Dune du Pilat aqui.