Visitar em França: Normandie – parte I

Desde que nos mudámos para França, que queria fazer esta viagem.
Tinha para mim, que o Mont Saint Michel seria mais um daqueles sítios que me ia deixar de boca aberta. Um Taj Mahal na Europa. Sempre achei fascinantes as imagens que fui vendo desta vila/abadia num monte no meio do oceano. Tão depressa  rodeada de água, como de um areal infinito.
Da mesma maneira que tinha muita curiosidade em visitar as praias do Desembarque e as povoações junto ao mar da Alta Normandia.
Assim, aproveitando o feriado do 14 de Julho, e com ele um fim-de-semana grande, lá fomos nós.
Como Toulouse ainda fica a uns jeitosos 780 kms do Mont Saint Michel, organizámos o nosso passeio em 2 etapas. Assim sempre descansámos e fomos conhecendo outras coisas pelo caminho.
E é também em duas partes que vos falar sobre isso. (leia a parte II aqui)

Duração: 3 dias e meio
Destinos: La Rochelle, Mont Saint Michel (na parte II deste post – Colleville-sur-Mer, Deauville, Trouville e Tours)
Deslocações: carro
Alojamento: via booking
Mês: Julho

Saímos na sexta à tarde, rumo a uma povoação junto ao mar, perto de La Rochelle, onde pernoitámos.
Na manhã seguinte, antes de rumar ao nosso destino principal, ainda conseguimos visitar rapidamente o centro de La Rochelle, com uma passagem pelo mercado, pelas famosas torres do porto e pelas ruas de arcadas e pracetas antigas.
La rochelle_ala rochelle 2Depois, fizemo-nos à estrada para mais 3 horas e meia de viagem ao fim das quais começámos finalmente a avistar o Mont Saint Michel no horizonte.
Como se trata de um local bastante turístico, as coisas estão muito bem planeadas e organizadas. Existe um parque de estacionamento enorme e depois uma navette que nos leva até às portas do Monte.
Comecei por dizer, ali em cima que esperava muito deste sítio, mas tinha consciência que me podia desiludir e que haveria que fazer um esforço para ignorar a horda de gente que certamente estaria presente.
A minha primeira impressão, quando só avistava o Monte ao longe, foi que de facto parecia uma coisa do outro mundo. Uma espécie de miragem como podem ver na primeira foto deste post.
Lá chegados, a aura desvaneceu-se um pouco…não tanto por causa da quantidade de gente, mas mais pelo facto de estarem a construir um novo acesso que permitirá que o Monte volte a ser uma ilha. E que, até que esteja pronto, estraga por completo a aparência romântico-mística daquele lugar.
saint michelMal chegámos, começámos a subir as ruelas inclinadas para apanhar a última visita guiada do dia à Abadia.
Para mim, que sou alérgica ao desporto, posso dizer que foi uma subida aos infernos, porque achei que me finava a meio do caminho. Mas não, apesar de cada curva me reservar mais uma escalada e de o percurso terminar com duas escadarias íngremes, cheguei ao topo viva, ofegante, mas de saúde.
saint michel 5A visita da abadia, foi pouco interessante, especialmente porque nos calhou um senhor guia que falava para dentro e a olhar para o chão ou para o tecto…até podia ter coisas muito interessantes para dizer, mas a mim, perdeu-me logo na primeira sala. Além disso, não há propriamente muito para ver dentro da Abadia. Vale pela vista que se tem lá de cima e pela curiosidade de que ainda hoje ali vivem monges e freiras.
O que mais gostei, foi de assistir ao fenómeno da subida da maré, que é realmente incrível. O mar sobe a uma velocidade impressionante. Diz-se que à velocidade de um cavalo a galope. E eu acredito!
Estivemos ainda um bom tempo só a olhar para a água a subir e para duas focas/lontras(?) que pescavam todas contentes da vida indiferentes aos turistas que as fotografavam ao longe. Infelizmente estavam mesmo muito longe e não conseguimos tirar nenhuma foto em que se vejam decentemente.

saint michel5saint michel 6saint michel cDepois, descemos lentamente até à base, tentando evitar as ruas principais mais movimentadas e seguimos a pé pela estrada em direcção ao estacionamento para um ultimo avistamento do Monte ao longe (de onde de facto é mais bonito).
Tenho mesmo muita pena de dizer isto mas, apesar do aspecto promissor, o Mont Saint-Michel não me encheu as medidas. Gostei, mas não me deslumbrei…e era disso que eu ia à espera.
Não me arrependo de ter ido, mas gostava de voltar quando as obras estiverem terminadas e fora da época alta, para ver se consigo melhorar a minha opinião.

E vocês, já visitaram? Partilham da minha opinião ou tiveram uma experiência completamente diferente?

No próximo post, falo-vos da segunda parte desta viagem e da visita à Haute Normandie.

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